Quem viu na década passada a banda paraense de rock pesado Madame Saatan, que passou alguns anos em São Paulo, deve se lembrar da vocalista Sammliz. Ela surpreendia pela voz poderosa, e o grupo não tinha nada de regionalismos que temperam a cena musical de Belém. Apenas rock, bem tocado.

Agora, “Mamba”, o disco solo da cantora, é ainda mais rock e mais bem tocado (e cantado). O disco está disponível a partir desta terça (16), na plataforma da Natura Musical, e traz dez faixas com acento de guitarras claramente extraído dos anos 1970.

Impossível ouvir faixas como “Aurora” e “Magnolia” e não associá-las a Joan Jett, Patti Smith ou outras garotas furiosas que fizeram carreira cantando sobre bases pesadas de rock naquela década.

Mas, apesar do sotaque de hard rock, o disco não parece vintage, pela produção de gente moderna do Pará: Leo Chermont (da musicalmente inclassificável dupla Strobo) e João Lemos (da banda de garagem Molho Negro).

“Mamba” vem para provar que a cena paraense é mais misturada do que parecia. E que Sammliz é um nome que merece muita atenção.

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Herói do reggae – O disco “Natiruts Reggae Brasil” ganha versão deluxe para sensibilizar fãs maduros do reggae. Nas plataformas digitais nesta sexta (19), a nova edição tem Edson Gomes cantando “Malandrinha” com o Natiruts. É um hit de “Reggae Resistência” (1988), primeiro álbum do baiano Gomes, maior nome da historia do gênero no Brasil.

Crespo na rua – Neste sábado (20), a partir das 16h, o rapper Crespo se apresenta no terraço da Galeria do Rock, no centro de São Paulo, em evento gratuito do SP Music Rua, festival independente. Ele lança o álbum “Maldito”, com letras polaroides urbanos que vão da violência à falta d’água.

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COISA NOVA

“CRY BABY”, FICKLE FRIENDS

Mais anos 1980 impossível. O Fickle Friends é inglês, de Brighton, e parece uma versão mais pop e menos afro do Tom Tom Club (se é que alguém ainda se lembra da banda de Tina Weymouth e Chris Frantz, do Talking Heads). “Cry Baby” no headfone faz qualquer um dançar.