Cinco nomes internacionais para ouvir em 2017
As grandes esperanças para o pop mundial neste ano podem vir de todos os lados, literalmente. Há quem aponte o rapper norueguês Pasha como a próxima estrela, e seu single “Tye-Dye” foi mesmo uma das músicas de 2016. Outro nome em ascensão é a cantora Lao Ra, talvez a melhor contribuição colombiana à música pop desde Shakira. Da sempre seminal cena britânica estão vindo o rock esperto do Bad Sounds e o trio esquisito Kero Kero Bonito. Sim, esse é o nome. Abaixo, os palpites da coluna para 2017.
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DUA LIPA
A moça de 21 anos nasceu em Londres, mas foi criada em Kosovo. Aos 14, a boca carnuda e o ar elegante a levaram de volta à Inglaterra para virar modelo. Mas bastou soltar a voz grave em covers no YouTube para um monte de amigos produtores disputarem a chance de lançar Dua Lipa. “Hotter Than Hell” é um daqueles singles impecáveis, que Rihanna até mataria para ter gravado.
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HAZEL ENGLISH
O produtor Justin Raisen é celebrado pelo trabalho que fez em 2016 com a ascendente Angel Olsen. Agora ele está lapidando Hazel, australiana radicada em San Francisco. O som é indie rock com um vocal quase celestial. O potencial da cantora pode ser conferido em “Make It Better”, single irresistível que rendeu um dos clipes de 2016, feito com colagem de cenas antigas de dança.
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INHEAVEN
Uma combinação de Sonic Youth com Vaccines parece uma boa ideia? Talvez seja a melhor descrição para este quarteto londrino. O InHeaven vai com tranquilidade do som de garagem aos hinos de guitarra para levantar estádios. A banda está pronta para estourar. Quem percebeu esse potencial foi Julian Casablancas (Strokes), que contratou a banda em seu selo. Ouça “Treats”.
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QTY
É difícil não traçar ligações entre Strokes e esta dupla formada igualmente em Nova York. O QTY também junta pedaços do melhor rock que a cidade já produziu, como Velvet Underground, Television, Modern Lovers e New York Dolls –e o próprio Strokes. O casal Dan Lardner e Alex Niemetz se reveza em instrumentos e vocais. O single “Rodeo” seria facilmente aprovado por Lou Reed.
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SLOTFACE
O quarteto vem da Noruega, mas seus integrantes parecem não ter escutado muito A-ha em sua recente adolescência. O Slotface faz rock cru, nervoso, de quem cresceu ao som do grunge e de um pop rock acelerado americano dos anos 1990, como Belly e Velocity Girl. Por enquanto, é caso típico de mais vontade do que talento, mas tem a atitude certa e um hit single matador, “Shave My Head”.